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Foto do escritorPé no Chão Diretoria de Comunicações

Índio e Couve - Flor na Lapinha - Jornal Estado de Minas

Atualizado: 20 de jul. de 2021



No dia 13 de setembro de 2011, graças à jornalista Shirley Pacelli, o jornal Estado de Minas, em seu caderno de Turismo, nas páginas 1, 4 e 5, publicou matéria e fotos sobre o Pé no Chão em sua visita (no dia 07 de setembro) à Gruta da Lapinha. Foram apenas 45 minutos de contato conosco, dentro da Gruta da Lapinha, mas esse pequeno espaço de tempo foi suficiente para Shirley Pacelli perceber o alto astral que reina no PÉ. Isso rendeu três fotos nossas (Paulino apareceu com a camisa do PÉ em duas fotos, e José Ronaldo em uma) e entrevista a Jane, Allisson e Kato. Segue a baixo matéria completa.


"Reportagem de capa: Com ingressos a no máximo R$ 14, passeio em grutas no entorno de BH é um programa relativamente barato, que garante fascinação e o conhecimento de muitas curiosidades." Shirley Pacelli. Publicação: 13/09/2011 04:00. Diponível em: Índio e couve-flor na Lapinha

Grupo ecocultural Pé no Chão visitou atração com turma bem-humorada de vinte integrantes
Grupo ecocultural Pé no Chão visitou atração com turma bem-humorada de vinte integrantes

Para fazer o circuito das três grutas, o primeiro ponto do passeio, para quem sai de Belo Horizonte, pode ser a Gruta da Lapinha, em Lagoa Santa, na região metropolitana. Localizada no Parque Estadual do Sumidouro, a 48 quilômetros da capital, o local foi reaberto em julho com nova iluminação de LED, que possui recursos para 16 milhões de tonalidades diferentes, num investimento de R$ 500 mil do governo estadual. A nova iluminação, além de ser 70% mais econômica que os holofotes anteriores, contribui para a preservação das formações ao não dissipar calor.


É chegar, estacionar o carro e comprar o ingresso, R$ 10 a inteira. As visitas duram 20 minutos e são realizadas com um grupo por vez. Para cada turma, de até 20 pessoas, há dois condutores. Um capacete, com direito a touquinha para higienização, é dado assim que você retira o passe. No interior da Lapinha se descobre a necessidade do equipamento de segurança. Há muitas passagens em trechos baixos e, como costumam brincar os guias, as formações têm milhões de anos e não podem ser danificadas com meras cabeçadas. A verdade é que o capacete significa mais segurança para o visitante.


A gruta tem 511 metros de extensão, com 12 salões. Esses ganharam nomes sugestivos em função de suas formações. E tome Cascata, Couve-Flor, Véu da Noiva, Índio, Catedral e entre outros. Para trilhar o caminho, nada de sandálias e chinelos, já que na Lapinha é proibido entrar com calçados abertos. O motivo? Depois de cerca de um ano fechada, 85 espécies de animais peçonhentos voltaram a viver no seu interior. Uma delas é a aranha Marrom, venenosa e conhecida por sua picada que provoca necrose na pele. Para os desavisados, tênis de diversas numerações são alugados a R$ 3 no local.


No último feriado, dia 7, o grupo ecocultural Pé no Chão levou uma turma de 20 pessoas para um passeio na gruta. A matriarca da equipe, Jane Guimarães, 65 anos, já visitou o local diversas vezes e tem muita história para contar. O filho dela, quando era mais jovem (hoje tem 39 anos), já chegou a dormir no interior da gruta com uma turma de escoteiros. “Uma das coisas que me dão mais saudade é que eu sempre fazia essa caminhada com meu marido, falecido há 11 anos. Aqui era maravilhoso e ficou ainda mais bonito com a luz de LED”, contou a senhora, que retornou ao local dez anos depois que ficou sem o seu companheiro.


O fotógrafo Allisson Hallyday, 38 anos, é sincero ao declarar que gosta da Lapinha, mas prefere a Gruta de Maquiné, principalmente nos períodos das chuvas, quando pequenos lagos se formam em seu interior. Acostumado a frequentar grutas pelo menos duas a três vezes por ano, ele aconselha o uso de roupas leves e uma boa alimentação antes da aventura.


“A gente gosta muito de ver as calcitas”, disse um participante bem-humorado para a guia que apresentava os minerais de cálcio no último feriado. O serviço de acompanhamento dos visitantes é feito pela Associação de Condutores de Itararé, formada por moradores das comunidades próximas, que prestam um trabalho voluntário. É uma forma que eles encontraram de também contribuir para o turismo consciente. Sempre disponíveis, os guias informam sobre cada formação mineral encontrada no interior da cavidade. Dos canudos de refresco, supersensíveis à ação do homem, às estalagmites (no chão) e estalagtites (no teto) resultantes do gotejamento de água. Obviamente, não é recomendável (nem educado) tocar nas formações.


SAIBA MAIS/MORCEGOS


Uma informação útil, caso você se perca dentro de uma gruta, é que as mariposas se posicionam sempre nas bocas das cavernas. Procure por elas em situações de risco. E nunca pise nos guanos (cocôs de morcego). Não só por nojo: o acúmulo de fezes é um bom local para o desenvolvimento do fungo histoplasma. Os esporos formados por ele, espécie de poeira branca, se inalados, podem causar a histoplasmose, doença que ataca órgãos internos. Além disso, o guano serve para alimentar outras espécies que habitam a caverna.



Aquém do desejado


Natural de Vespasiano, a 13 quilômetros de Lagoa Santa, o professor Luiz Alberto de Mello Franco, 48 anos, reviveu as lembranças de infância na Lapinha. A novidade de iluminação de LED foi aprovada por ele somente no aspecto da preservação das formações, não da visibilidade ao visitante. Mas ele reprova a infraestrutura do ponto turístico. “Aqui havia um restaurante, que tornava mais agradável e prática a visita. Estão construindo o receptivo, vamos ver quando fica pronto”, disse.



No lugar do antigo restaurante, barraquinhas improvisadas vendem água de coco, refrigerante, cerveja e churrasquinho. Se lhe der um aperto para usar o banheiro, é melhor se segurar: há somente um sanitário feminino e outro masculino. As mulheres ainda precisam andar mais um pouco, até a guarita da entrada, para utilizar o recinto. O apoio ao turista, citado por Franco, deve ficar pronto em julho do ano que vem. Até lá, a administração do Parque do Sumidouro utiliza uma estrutura provisória e põe em prática o verdadeiro jeitinho brasileiro para atender os milhares de turistas que aparecem todo mês. A proposta é que o receptivo de 500 metros quadrados e dois andares abrigue sanitários, áreas de apoio à segurança, atendimento médico, lanchonetes e lojas de produtos locais, além de ser um espaço de exposições de acervos arqueológicos, com auditório e outras atrações. Pé na trilha Quem for conhecer a Gruta da Lapinha, pode aproveitar a viagem para fazer a trilha de mesmo nome no Parque Estadual do Sumidouro. Com 500 metros de extensão, é uma caminhada leve que começa na caverna e vai até a Casa Fernão Dias, construção do século 18. Durante os vinte minutos de trajeto, é possível ver diversas espécies típicas do cerrado. Em breve, a Trilha da Travessia, com 5,5 quilômetros, também estará aberta. O parque, que tem uma área de 1,3 mil hectares, foi criado para preservar o patrimônio cultural e natural existente na região, como o sítio arqueológico escavado por Peter W. Lund, considerado o pai da paleontologia brasileira. Ele pesquisou a região e descobriu, em 1840, restos de fósseis do primeiro homem americano, além de animais pré-históricos, como o tigre dente-de-sabre e a preguiça-gigante. Luzia, que viveu há 11,5 mil anos, é o apelido da ossada de mulher encontrada em 1975, na gruta de Lapa Vermelha IV, em Pedro Leopoldo. O fóssil humano mais antigo encontrado nas Américas tinha traços negroides, diferentemente das características mongoloides dos primeiros povos indígenas americanos. Esse fato leva a questionamentos em relação à origem do homem americano. Seu nome é uma referência a Lucy, outro fóssil descoberto em 1974, na África, da espécie Australopithecus afarensis. O fóssil de Luzia está no Museu Nacional da Quinta da Boa Vista, no Rio de Janeiro. História Em forma de castelinho, o Museu Arqueológico da Lapinha, fundado em 1972, reúne diversos artigos de civilizações primitivas. Entre eles, objetos moldados em cerâmica, fósseis de humanos e animais da região, formações calcáreas e coleção de minerais. A entrada custa R$ 3. Maiores de 65 anos, mesmo reivindicando seus direitos, não conseguem desconto no ingresso. Segundo a recepção, o local é de responsabilidade de uma ONG e o valor seria uma ajuda de custo imprescindível para a manutenção do mesmo. Fonte: http://impresso.em.com.br/ #GrutasMinasGerais #GrutadaLapinha #PénoChão #ÍndioecouveflornaLapinha #GrutadoMaquiné #Guimarãesrosa #PeterLund #Turismogrutas #Trilha #estadodeminasturismo #cadernoturismoem #shirleypacelli




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